quinta-feira, 3 de abril de 2014

Ser ou não ser? Ser... óbvio!


Sempre fui da opinião que o mais importante, independente da situação, é que devemos ser verdadeiros.

Independente de politicas necessárias, sempre achei que as pessoas não devem se envergonhar do que gostam, do que fazem ou do que querem, pois é isso que alimenta a essência de cada um e nos faz como somos.

E de uma maneira única.

Claro, se o cara é um ladrão não vai ter do que se orgulhar.
Mas, não vá bancar o bom samaritano em dia de missa... isso o que quero dizer.
Que diga: "Não, eu não tenho trabalho fixo. Eu roubo rádios de carros para sobreviver!"

Ou que não roube.

Mas não se esconda atrás de máscaras ou estereótipos de perfeição ou do que os outros esperam, por conveniência.

Este é o ponto.

Não me envergonho de nada do que faço.
De nada de como penso e das coisas que quero.
Mas o mundo não está preparado pra isso.
Ou eu, que não estou preparada pro mundo!

Minha mãe me educou bem e me ensinou os preceitos básicos do que é certo e errado.
E principalmente, me ensinou a ser o que sou... independente das opiniões externas.

"Sempre seja você. E daí que você gosta do sepultura se suas amigas gostam do New Kids?!"

Ela me dizia assim: "Estamos no mundo para buscar a felicidade... todas as regras que existem sobre comportamento varia de lugar para lugar... de cultura para cultura... por isso o que pode fazer e o que não pode é tão subjetivo. A única coisa que não muda, é que fazer nossa alegria em cima da tristeza dos outros é covardia. Isso sim, nunca pode"

Gênia!

Acho que ela tem toda razão. E por isso, fiquei triste com uma situação.

O que quero dizer, é que tenho pago um preço muito caro por ser verdadeira.

Por seu eu mesma, independente da situação.

E venho observando isso, não é de hoje.

...

Tenho centenas de amigas e conhecidas, que fazem o tipo "princess" ao lado da maioria das pessoas do sexo oposto (ou de pessoas que podem julgá-las mal).

Mas quando estão entre "pares" são outras!
Ou não. Pode-se dizer, que aí são elas mesmas.

Simplesmente pensam, sentem e desejam como qualquer mulher.
Só não tem medo de expor isso, com medo de perder um bom partido ou o respeito de alguém.
Mas lá no BBB da vida, onde todo mundo pode ouvir e ver - Uau... que feio isso, né?!

Aff...

Acho tudo isso tão falso!
Prefiro não gostar de alguém pelo que ela faz.
Sou humana! Faz parte da nossa natureza julgar... é feio, mas é verdade.

É feio mas prefiro mil vezes ter a opção de gostar de algo ou não, do que levar gato por lebre.
De admirar uma fábula... achando que está vivendo algo real.

...

Tenho uma personalidade forte.
Tenho opiniões que diferem da maioria das pessoas.
Dou gargalhada alta, bebo cerveja, falo caralho! quando estou brava e já transei sem estar envolvida emocionalmente.

Já tentei mudar também, pois não é fácil ser assim.

Posso não ser o que as pessoas esperam.
Mas é o que sou.

E às vezes, como hoje, me pergunto: será que tô errada!?
Será que tenho que bancar a fazida mesmo!?
Será que tenho que me envergonhar dos meus desejos, das minhas opiniões!?

Será que tenho que nascer de novo?
Pois não consigo deixar de ser eu mesma... nem que isso me afaste de pessoas que amo!

...

Fazia muito tempo que não me sentia tão Brigite Jones como hoje.

Queria minha mãe aqui, para me dar um colinho e dizer baixinho "Azar o deles, maninha! Eles que estão perdendo!"

:( 



(texto de 18.02.2010 - publicado no mulhernacrisedos30)

Nenhum comentário:

Postar um comentário