Acredito que a vida nos reserva, ao longo
de nosso caminho, vários amores.
Alguns são duradouros.
Duram meses.
Ou nos envolvem por anos...
Outros são rápidos.
Duram apenas uma troca de olhares.
Existem com o prazo de um toque.
Alguns só nos damos conta que são amores -
e daqueles amores que são os amores de nossas vidas - depois que perdemos.
Ou nos damos conta que nunca tivemos.
Existem aqueles amores (que mesmo acabando,
mesmo morrendo, mesmo enlouquecendo) nos roubam frações de pensamentos.
...
Pensamentos ou lembranças?
Lembranças ou lamentos?
Lamentos ou pensamentos?
Pouco importa.
Eles roubam estes momentos de forma tão
ilícita!
Normalmente são momentos seguidos de
fragmentos de fraqueza.
...
E todos estes amores são diferentes em seu
pólo positivo.
Momentos únicos, sensações exclusivas,
beijos indescritíveis, sexo mágico e aquela vontadinha de que dure para sempre,
acompanham o “amor da vez”.
O amor atual tem uma peculiaridade que se
repete: sempre achamos que será o último!
O mais intenso. O mais bonito.
Aquele que será diferente de todos os
outros.
Só que todos os amores são iguais em seu
pólo negativo.
Causam uma dor doída e já vivida que
acompanha uma pergunta odiosa: porque que isso aconteceu de novo?!
E mais uma vez: mais um amor, mais uma
pergunta, mais uma falta de resposta.
Mas já aprendi que faz parte do ciclo.
E que tenho que me curar rápido toda vez
que doer.
Pois ainda terei mais uma chance.
Mais um amor!
E poderei sentir, nem que seja por poucos
momentos, que talvez (quem sabe, desta vez) seja a última vez.
Pois acredito que um dia, nem que seja
quando eu estiver bem velhinha, este dia vai chegar.
E vou ter um amor pra viver!
E não mais um pra lembrar.
♥
(texto de 11.03.2010 - não publicado)
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